segunda-feira, 22 de abril de 2024

Cometas, Asteroides e Meteoros

Cometas, Asteroides e Meteoros

O que são cometas?

Os cometas são corpos celestes encontrados no Sistema Solar. Cometas são corpos celestes presentes no espaço sideral que são conhecidos pela sua estrutura de cauda. Eles são formados por materiais como rocha e gelo. A principal característica deles é a sua irregularidade em termos de tamanho e superfície.


O 12P/Pons-Brooks ( Cometa do Diabo), em imagem feita em 7 de março de 2024.


Um cometa é um pequeno corpo gelado do Sistema Solar que, ao passar perto do Sol, aquece e começa a liberar gases, processo que é chamado de desgaseificação. Isso produz uma atmosfera visível ou coma e, às vezes, também uma cauda.

Cometas possuem três partes principais: o núcleo, a cabeleira e a cauda - e são formados principalmente de rocha, poeira e gelo. 





Núcleo: todos os fenômenos que ocorrem no cometa têm origem a partir de seu núcleo. Ele é feito de gelo (um gelo bem sujo) e pode pesar de um quilo a algumas dezenas de toneladas.
Conforme os cometas aproximam-se do Sol, eles desenvolvem caudas enormes de material luminoso que estende-se a milhões de quilômetros da cabeça, para longe do Sol. Quando distante do Sol, o núcleo está muito frio e seu material está sólido, congelado dentro do núcleo.

Coma: camada gasosa formada ao redor do núcleo através do processo de sublimação. Os materiais integrantes do coma são oxigênio, hidrogênio e, principalmente, água. Ao redor do coma existe um envólucro de hidrogênio que se torna cada vez mais extenso à medida que o cometa se aproxima do Sol. Quando um cometa aproxima-se a de algumas UA do Sol, a superfície do núcleo começa a esquentar, e as substâncias voláteis evaporam. As moléculas evaporadas fervem e carregam pequenas partículas sólidas com elas, formando o coma do cometa com gás e pó.

A cauda dos cometas é derivada da ação dos ventos solares sobre as partículas de gás e a poeira integrantes da nebulosa que envolve o núcleo (coma).

Cauda: estrutura alongada formada por gás ou poeira que fica localizada na parte posterior do cometa e com extensão variável que chega a milhões de quilômetros. A cauda de um cometa aponta sempre na direção oposta ao Sol.

Os cometas realizam órbita elíptica em torno do Sol, e a sua duração pode ser de algumas centenas até milhares de anos. Uma parte do trajeto dos cometas é realizada mais próximo dessa estrela, o que provoca a sublimação dos gases presentes em sua estrutura. Aliás, é nesse trecho que os cometas tendem a se tornar visíveis para os observadores na superfície terrestre, o que é resultante do reflexo dos raios solares sobre eles ou da energia absorvida do Sol e posteriormente emanada por esses objetos.

Apesar de a maioria dos cometas manter uma distância relativa do Sol, existem aqueles chamados de cometas rasantes (sungrazers, em inglês), que colidem com a estrela ou chegam tão próximo dela que acabam evaporando por completo.

A velocidade na qual os cometas viajam pode oscilar entre dezenas até centenas de milhares de quilômetros por hora. Alguns dos cometas mais velozes do Sistema Solar, a exemplo do cometa interestelar 2I/Borisov, atingem 175.000 km/h. É interessante pontuar, ainda, que a velocidade dos cometas aumenta com a proximidade do Sol.

O cometa Halley

Halley é o nome de um dos cometas mais famosos já descobertos e também uma homenagem ao astrônomo inglês Edmond Halley, a quem é atribuído o mérito de ter descoberto esse corpo celeste, ainda que não tenha conseguido provar em vida. Esse cometa é considerado periódico e suas aparições já foram registradas, aproximadamente, 30 vezes.



Uma curiosidade acerca de Halley é que o sentido da rotação que ele faz em volta do Sol é contrário aos do planeta. E, uma vez que ele não possui uma velocidade constante para fazer esse trajeto (ela varia entre 70,6 km/s e 63,3 km/s), o tempo que ele leva para realizar esse movimento também muda, ficando entre 74 e 79 anos. Esse fenômeno acontece porque Halley sofre influência dos campos gravitacionais dos planetas Júpiter e Saturno, que diminuem sua velocidade.


Estima-se que, a cada vez que o cometa Halley completa o seu ciclo orbital ele perde 0,1% de sua massa em função da volatilização. Desse modo, a expectativa é que ele desapareça completamente no período de até 300 mil anos. Acredita-se que a primeira aparição desse cometa tenha sido registrada em 240 a.C e a próxima aparição é estimada para o dia 28 de julho de 2061. Mas por conta da poluição atmosférica, pode não ser possível vê-lo a olhos nus.



O que são Asteroides?

Asteroides são corpos celestes rochosos que realizam órbita em torno do Sol. Formados a partir de materiais que remontam ao princípio do Sistema Solar, os asteroides estão localizados, em sua maioria, entre as órbitas de Marte e Júpiter. Apresentam formato irregular e tamanho inferior ao de um planeta-anão, sendo compostos por silicatos, níquel e ferro. Os asteroides foram descobertos a partir do século XIX, e atualmente já se sabe da existência de cerca de 1,3 milhão desses corpos celestes no Sistema Solar.

Características dos asteroides

Os asteroides são corpos celestes que não possuem uma forma definida, tendo em vista que eles são fragmentos de outros objetos que existiram há muito tempo no Sistema Solar. Boa parte deles tem formato esférico ou oval, contendo uma superfície bastante acidentada e irregular em que se observa a formação de buracos.

Asteroide 7482 (1994 PC1) passou próximo da Terra em 2022 a uma velocidade de 76.192 km/h.

O tamanho dos asteroides também é variável. No entanto, para que um objeto seja classificado como asteroide ele deve ser menor do que um planeta-anão. Embora a maioria dos asteroides seja de pequena dimensão, eles podem ter desde 10 metros até quase 600 quilômetros de diâmetro. Nesse sentido, o que difere os asteroides dos cometas é a sua estrutura e o fato de os asteroides serem corpos inativos e formados por rocha, enquanto os cometas são classificados como corpos ativos e são compostos por gelo.


Por se tratarem de pedaços de rocha, os asteroides são compostos, em sua maioria, por silicato, ferro e níquel. Os objetos mais antigos apresentam estrutura formada por argilas e silicatos, razão pela qual, segundo a Nasa, eles têm coloração mais escura do que os demais asteroides.

Alguns asteroides contêm um satélite natural próprio realizando órbita ao seu redor, enquanto o corpo celeste maior realiza uma órbita elíptica em torno do Sol.
O maior asteroide na imagem anterior, 4 Vesta (esquerda) com 560km de diâmetro, com Ceres (centro) 946km de diâmetro e a Lua (direita) 3475 km de diâmetro,  mostrados em escala.


O que são Meteoros?

Meteoro é um fenômeno de luz causado pelo atrito entre um corpo que entra em alta velocidade na atmosfera e os gases presentes na mesosfera.


Meteoro é um fenômeno luminoso resultante da entrada de fragmentos de um corpo celeste na atmosfera. O atrito desse material sólido em alta velocidade com os gases da atmosfera faz com que ele se torne incandescente e deixe um rastro luminoso nos céus. Por essa razão, recebe também o nome de estrela cadente. 


A maioria dos meteoros se desintegra antes de chegar à superfície da Terra. Aqueles que conseguem chegar ao solo são chamados de meteoritos.


Chuva de meteoros

Chuva de meteoros é um evento em que um grupo de meteoros é observado irradiando de um único ponto no céu. Esses meteoros são causados pela entrada de detritos na atmosfera a velocidades muito altas.



Na madrugada entre este domingo (21/04) e a segunda-feira (22/04) acontece o pico de atividade da chuva de meteoros Líridas. 


No evento astronômico será possível enxergar até 18 meteoros por hora.

Fique atento ao céu...






domingo, 7 de abril de 2024

Dia mundial da Astronomia

Dia 08 de abril- Dia mundial da Astronomia



Para quem é apaixonado por Astronomia, universo e curiosidades sobre os corpos celestes dia 08 de abril é o dia de celebrar.
Os astrônomos, estudiosos e cientistas que estudam a ciência da Astronomia, procuram encontrar as respostas para as grandes (e pequenas) questões sobre o que há na imensidão do cosmos e como ele funciona. 

De onde viemos e para onde vamos? 

Ainda não temos resposta.

Trata-se de uma pergunta primordial da astronomia, ciência que estuda a formação e a evolução dos corpos celestes. Se somos todos feitos da poeira das estrelas, como anunciava Carl Sagan, é de se compreender o fascínio provocado por novas descobertas deste campo do conhecimento. Para celebrar sua importância, comemora-se nesta data 8 de abril o Dia Mundial da Astronomia.



Essa ciência se propõe a observar e aprender sobre o universo e todos os corpos celestes: como planetas, estrelas, galáxias e sistemas, que nele se encontram. Tem o objetivo de verificar onde e quando se estabelecem no espaço-tempo, bem como descobrir a sua origem e suas mudanças. Essa profissão é fundamental, para que toda a humanidade possa conhecer os mistérios além da Terra de forma comprovada e científica e não apenas com lendas e histórias. Afinal, o céu sempre fascinou a todos desde o início da evolução humana.



A astronomia é uma das ciências mais antigas da humanidade. Começou lá atrás, com as culturas pré-históricas, que não apenas observavam o céu noturno, como também deixaram registros em vários artefatos astronômicos — bons exemplos disso são o Stonehenge, no Reino Unido, e os montes de Newgrange, na Irlanda.
Stonehenge, no Reino Unido

A explicação científica para a construção está no ponto em que o monumento tenha sido concebido para que um observador em seu interior possa determinar, com exatidão, a ocorrência de datas significativas, tais como solstícios e equinócios, eventos celestes que anunciam as mudanças de estação.

No dia 21 de junho, o Sol nasce em perfeita exatidão sob a pedra principal.

Montes de Newgrange, na Irlanda.

Newgrange é uma tumba do Conjunto Arqueológico do Vale do Boyne, no Condado de Meath, na Irlanda, um dos mais famosos sítios pré-históricos do mundo e o mais famoso da Irlanda. Newgrange foi construído de modo que, ao nascer do sol do dia mais curto do ano (solstício de inverno), um fino raio de sol ilumina por pouco tempo o piso da câmara no final de um longo corredor.

Um fino raio de sol ilumina por pouco tempo o piso da câmara.


Com invenção do telescópio de Galileu Galilei, em 1609, surgiu então a astronomia moderna, que separou o conhecimento científico das crenças que vieram com as antigas observações — astronomia e astrologia andavam juntas até então, por exemplo. Durante o período medieval, seu estudo era obrigatório, e dessa época em diante muitas descobertas importantes revolucionaram a compreensão humana sobre o céu que paira acima de nós.

Luneta (telescópio) de Galileu


Hoje, considera-se astronomia o estudo dos corpos celestes e dos fenômenos cósmicos que acontecem fora da atmosfera terrestre. No entanto, as muitas áreas dessa ciência são distribuídas em duas grandes categorias: a observacional, que é quando se estuda observando o espaço através de telescópios e instrumentos que fazem leituras científicas, e a teórica, que consiste no uso dos dados coletados e modelos analíticos para descrever objetos e fenômenos do universo.

 
Como medir distâncias dos astros e estrelas- paralaxe

Origem do Dia Internacional da Astronomia

Muitos calendários datam o Dia Mundial da Astronomia como 8 de Abril, porém não há um documento que oficialize ou justifique a escolha da data. 

Em alguns lugares do mundo, o Dia Mundial da Astronomia é celebrado em 10 de Maio. A data, segundo algumas fontes norte-americanas, teria surgido a partir de um evento, em 1973, nos Estados Unidos, com o objetivo de criar uma interação entre o público em geral e os astrônomos profissionais e entusiastas. 

Ano Internacional da Astronomia

Em 2009 o mundo comemorou o Ano Internacional da Astronomia. A festividade foi declarada pela 62º Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas - ONU. Nesse mesmo ano, se comemorava o 400º aniversário das primeiras observações feitas em um telescópio por Galileu Galilei, considerado um dos "pais da Astronomia"

Outras Datas Comemorativas
09 de janeiro Dia do Astronauta;
02 de dezembro Dia da Astronomia no Brasil;











O Universo

 Curiosidades sobre o Universo

O Universo corresponde ao conjunto de toda a matéria, energia, espaço e tempo existente.

Ele é formado por todos astros conhecidos como os planetas, cometas, estrelas, galáxias, nebulosas, satélites, dentre outros, e o desconhecido chamado matéria escura.

A teoria do Big Bang diz que toda matéria e energia se concentravam em um ponto super denso e quente, conhecido como singularidade. A partir deste ponto, o universo se expandiu num processo conhecido como inflação, que durou uma fração infinitesimal de tempo.



Uma série de transformações continuou a acontecer por bilhões de anos, até a estrutura com que o conhecemos hoje. O universo foi se expandindo cada vez mais, de forma que foi se resfriando, dando origem aos diversos astros.



Temperatura

O espaço é um lugar muito frio. A temperatura certa no vácuo e longe de qualquer astro é de cerca de -270 graus C. Essa temperatura seria suficiente para congelar o hidrogênio na Terra - mas ainda está alguns poucos graus acima do que é considerado o "zero absoluto" que é a menor temperatura possível. Ou seja o menor estado de energia dos átomos e moléculas.


A temperatura média do Universo longe de qualquer astro ou estrela então é de apenas 3K.

Velocidade de expansão

Quando o telescópio Hubble começou a coletar informações sobre a expansão do Universo, no entanto, acabou revelando que a velocidade é mais rápida do que os modelos haviam previsto, revela o jornal britânico. Os astrônomos acreditavam que a taxa de expansão era de cerca de 67,5 km/s (megaparsec) (3.260.000 anos-luz), mas agora as observações revelam que chega em torno de 73,04 km/s (megaparsec).

Esta ilustração mostra os três passos básicos usados para calcular a velocidade de expansão do Universo, um valor conhecido como constante de Hubble.


Aceleração

Astrônomos vêm usando telescópios como o Hubble para entender a rapidez com que o Universo está se expandindo. Mas, conforme essas medidas se tornaram mais precisas, também revelaram algo estranho. Como mostra o jornal britânico The Independent, há uma diferença significativa entre a taxa de expansão que vemos hoje e a observada logo após o Big Bang.
Os dados do Hubble sugerem que o Universo está se expandindo mais rapidamente do que o esperado pelas estimativas do Planck.

As novas medições do Hubble confirmam que o Universo está se expandindo cerca de 9% mais rápido que o esperado com base em sua trajetória vista pelo Planck logo após o Big Bang, dizem os astrônomos.


Colapso ou Fim do Universo

Primeiro Einstein e muitos outros acharam que o Universo era estático. Depois Georges Lemaitre descobriu que ele estava se expandindo. Vieram então os três e afirmaram que o Universo não apenas está se expandindo, mas que essa expansão está aumentando de velocidade.

Ora, se o Universo continuar nesse ritmo de expansão acelerada, um dia, em um futuro muito distante, todos os corpos celestes estarão tão longes uns dos outros que não haverá mais acúmulo de material capaz de formar estrelas.


Então, as estrelas que existem morrerão e o Universo finalmente acabará em gelo - é a esse prognóstico que o Comitê do Nobel se refere, embora fosse mais correto falar em frio, uma vez que, nesse modelo, provavelmente não existirá gelo.


Os americanos Saul Permutter e Adam Riess e o australiano-americano Brian Schmidt. Os três descobriram que o universo está em expansão acelerada por meio de observações de explosões estelares distantes, também conhecidas por supernovas. 














terça-feira, 5 de março de 2024

Calendário de Eventos Astronômicos 2024

Calendário de Eventos Astronômicos de 2024


No ano de 2024 teremos muitos eventos astronômicos. Os fenômenos maracados para esse ano incluem 12 chuvas de meteoros, conjunções planetárias, 2 eclipses lunares e 2 eclipses solares, além de superluas, e um ano bissexto para completar a jornada do Planeta em torno do Sol. 

Eclipses Solares e Lunares

Eclipses:

🌗 24-25 de março - Eclipse penumbral da Lua (visível em todo o país).

☀️ 8 de abril - Eclipse solar total (não visível no Brasil).

🌗 17-18 de setembro - Eclipse lunar parcial (visível em todo o país, de forma tênue).

☀️ 2 de outubro - Eclipse solar anular (visível em boa parte do país como parcial).

Eclipse Solar 




Em 2024, teremos 2 eclipses solares: um total (quando a Lua bloqueia toda a luz do Sol), em 8 de abril, e um anular (quando o Sol forma um anel ao redor da sombra da Lua), em 2 de outubro.

Atenção: um eclipse solar só pode ser observado com um filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol.

O total não será visível no Brasil. Apenas alguns países da América do Norte conseguirão observar o fenômeno. Além disso, ele também será visível na região equatorial do Oceano Pacífico e no Atlântico Norte.
Já o anular passará pelo país como parcial. Ou seja, quem olhar para o céu verá o nosso Sol "mordido" pela Lua.
Isso acontece porque um eclipse solar anular sempre acompanha um eclipse solar parcial.
E, neste caso, a passagem do fenômeno favorecerá estados da Região Sul, Sudeste (exceto a porção norte de Minas Gerais) e o Mato Grosso do Sul. Já moradores de trechos da Bahia, Goiás e Mato Grosso também terão a chance de flagrar o evento. No restante do país, esse eclipse de outubro não será visível.



Eclipse Lunar 

Já os eclipses lunares não serão tão marcantes neste ano para os observadores mais leigos.



Tecnicamente, o eclipse penumbral da Lua de março, por exemplo, poderá ser visto em todo o continente americano (incluindo todos os estados do Brasil).
Entretanto, durante um eclipse do tipo, o nosso satélite natural escurece por um tempo, mas não desaparece completamente. Além disso, uma característica fundamental desse fenômeno é que a Lua escurece bem levemente, já que o nosso satélite fica na sombra clara da Terra, ainda recebendo luminosidade do Sol.
Eventos assim inclusive podem ser bem difíceis de serem observados sem um equipamento adequado. Justamente por essa razão, alguns pesquisadores gostam de explicar que observar esse tipo de eclipse é como ver um véu na frente do disco lunar.

Já o eclipse lunar parcial de setembro será extremamente tênue. Ele também passará por todos os estados do país, mas, no auge do fenômeno, a cobertura da Lua será de apenas 0.08%.

Periélio e afélio

No dia 2 de janeiro, a Terra atingiu seu ponto mais próximo do Sol. O fenômeno ocorreu às 21h38 no horário de Brasília. No periélio (que quer dizer literalmente "perto do Sol"), o planeta fica a 147 milhões de km da estrela central do Sistema Solar.

Dessa forma, no periélio, o Sol aparece maior porque o seu diâmetro aparente (angular) atinge o valor máximo no ano (veja imagem abaixo).


O Sol no periélio e no afélio no ano de 2021. — Foto: Observatório Astronómico de Lisboa/Divulgação

Conjunções planetárias🪐🔭

As principais conjunções planetárias (quando mais de dois planetas aparecem próximos no céu) do ano acontecerão nas seguintes datas, de acordo com o Observatório de Valongo:
  • 27 de janeiro - Conjunção entre Marte e Mercúrio antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Sagitário. Os astros estarão separados por apenas 0,4 grau.
  • 22 de fevereiro - Conjunção entre Marte e Vênus antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Capricórnio. Os astros estarão separados por apenas 0,6 grau.
  • 28 de fevereiro - Conjunção entre Saturno e Mercúrio com o Sol.
  • 21 de março - Conjunção entre Vênus e Saturno antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário. Os astros estarão separados por apenas 0,3 grau.
  • 30 de março - Marte, Saturno e Vênus estarão visualmente alinhados antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário.
  • 7 de abril - Marte, Saturno, Lua e Vênus irão formam um quarteto celeste antes do amanhecer, direção leste, entre as constelações de Aquário e Peixes.
  • 10 de abril - Conjunção entre Marte e Saturno antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Aquário. Os astros estarão separados por apenas 0,7 grau.
  • 20 de abril - Conjunção entre Júpiter e Urano, direção oeste, na constelação de Áries. Os astros estarão separados por apenas 0,4 grau, mas estarão muito próximos do horizonte oeste, durante o crepúsculo. Urano poderá ser visto apenas com uso de binóculos, em céus escuros.
  • 4 de junho - Conjunção entre Júpiter e Mercúrio, direção leste, na constelação de Touro. Os astros estarão separados por apenas 0,1 grau, mas estarão muito próximos do horizonte, durante o crepúsculo, um pouco antes do amanhecer.
  • 15 de julho - Conjunção entre Marte e Urano antes do amanhecer, direção leste, na constelação de Touro. Os astros estarão separados por apenas 0,5 grau. Urano poderá ser visto apenas com uso de binóculos, em céus escuros.
  • 5 de agosto - Conjunção da Lua, com Vênus e Mercúrio antes do anoitecer, direção oeste, na constelação de Leão. Nos dias 5 e 6, Lua, Vênus, Mercúrio e a estrela Regulus formarão um belo quarteto celeste.
  • 27 de agosto - Conjunção entre a Lua, Marte e Júpiter durante a madrugada (após as 3h), direção leste, na constelação de Touro.

Chuvas de meteoro 🌠

Teremos 12 chuvas de meteoro relevantes, segundo o Observatório Real de Greenwich:

  • Quadrantidas: ativa de 28 de dezembro de 2023 a 12 de janeiro de 2024 (pico para visualização do fenômeno: de 3 a 4 de janeiro). Pico de meteoros por hora: 110.
  • Liridas: ativa de 14 a 30 de abril (pico: de 22 a 23 de abril). Pico de meteoros por hora: 18.
  • Eta Aquaridas: ativa de 19 de abril a 28 de maio (pico: 6 de maio). Pico de meteoros por hora: 50.
  • Alpha Capricornídeos: ativa de 3 de julho a 15 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 5.
  • Delta Aquáridas: ativa de 12 de julho a 23 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 25.
  • Perseidas: ativa de 17 de julho a 24 de agosto (pico: de 12 a 13 de agosto). Pico de meteoros por hora: 100.
  • Draconidas: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
  • Orionidas: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
  • Tauridas: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.
  • Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
  • Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
  • Ursidas: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.

Super Lua

Teremos duas superluas em 2024, ainda segundo o Observatório de Valongo:

🌕 Uma entre os dias 17 e 18 de setembro

🌕 E outra em 17 de outubro

A "superlua" ocorre na Lua cheia perto do perigeu (quando ela está mais próxima da Terra), o que resulta em uma Lua cheia ligeiramente maior e mais brilhante do que as demais.

Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.



Cometas mais brilhantes ☄️

Os cometas são grandes objetos feitos de poeira e gelo que orbitam o Sol. Neste ano, os destaques de observação ficam com os seguintes astros:
  • C/2021 S3 (PANSTARRS). Período de visibilidade: de janeiro a junho. Brilho Máximo: março. Visibilidade: por meio de binóculos, em céus escuros, durante a madrugada.
  • C/2023 A3 (Tsuchinschan-ATLAS). Período de visibilidade: de setembro a novembro. Brilho Máximo: outubro. Visibilidade: final da madrugada (começo de outubro) e começo da noite (final de outubro), por meio de binóculos.
  • 12P/Pons-Brooks (ou Cometa do Diabo). Período de visibilidade: de fevereiro a junho. Brilho Máximo: abril. Visibilidade: por meio de binóculos, no começo da noite.
  • 13P/Olbers. Período de visibilidade: de junho a agosto. Brilho Máximo: julho. Visibilidade: por meio de binóculos, no começo da noite.
  • 62P/ Tsuchinschan 1. Período de visibilidade: de janeiro a março. Brilho Máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de binóculos, durante a madrugada.
  • 144P/Kushida. Período de visibilidade: de janeiro a fevereiro. Brilho Máximo: janeiro. Visibilidade: por meio de pequenos telescópios, em céus escuros, durante o começo da noite

Equinócio de outono

O equinócio de outono em 2024 ocorre no dia 20 de março às 0h06, no horário de Brasília, sinalizando a chegada do outono no hemisfério Sul e o início da primavera no hemisfério Norte.

Equinócio de primavera

O equinócio de primavera ocorre às 9h43 do dia 22 de setembro, marcando o início da primavera no hemisfério Sul e o começo do outono no hemisfério Norte. Neste dia, ambos os hemisférios da Terra recebem aproximadamente a mesma quantidade de luz solar.

Solstício de inverno

Solstício de inverno 2024 (Hemisfério sul). 17:50
quinta-feira , 20 de junho
Todos os horários estão no Horário de Brasília

Solstício de verão

Solstício de verão 2024 (Hemisfério sul). 06:19
sábado , 21 de dezembro
Todos os horários estão no Horário de Brasília.




Ano Bissexto 29 dias em fevereiro em 2024




O ano bissexto acontece a cada quatro anos e tem duração de 366 dias, diferentemente dos demais que têm 365 dias. A inclusão de um dia foi feita para aproximar o calendário ao movimento de translação da Terra, tempo que o planeta leva para dar a volta no Sol, que é de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.






Estes eventos oferecem oportunidades únicas para contemplar a vastidão e a beleza do universo. Observar luas cheias, presenciar eclipses ou maravilhar-se com chuvas de meteoros será uma experiência verdadeiramente transcendental em 2024. 





terça-feira, 16 de maio de 2023

Leis de Kepler

As Três Leis de Kepler

As Leis de Kepler afirmam que as órbitas são elípticas, que a velocidade aureolar dos planetas é constante, e que a razão entre o cubo do período e o quadrado do raio é constante. Leis de Kepler sobre o movimento planetário foram desenvolvidas entre 1609 e 1619 pelo astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler.



As leis de Kepler são as três leis do movimento planetário definidas por Johannes Kepler, um matemático e astrônomo alemão. Essas leis foram a principal contribuição de Kepler à mecânica celeste.
"As leis do movimento planetário de Kepler são conhecidas como: lei das órbitas elípticas, lei das áreas e lei dos períodos. Juntas estas explicam como funciona o movimento de qualquer corpo orbitando algum astro massivo, como planetas ou estrelas. Vamos conferir o que se afirma nas leis de Kepler:"


1ª Lei de Kepler- “lei das órbitas”: A trajetória de cada planeta ao redor do Sol é uma elipse com o Sol em um dos focos.




2ª Lei de Kepler- A reta que une um planeta ao Sol varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais.


Equação da 2ª Lei de Kepler




Uma consequência deste fato é que a velocidade do planeta ao longo da sua trajetória orbital é diferente.
Sendo maior quando o planeta se encontra mais próximo do seu periélio (menor distância entre o planeta e o Sol) e menor quando o planeta se encontra próximo do seu afélio (maior distância do planeta ao Sol).

  • quando o planeta vai do afélio para o periélio, seu movimento é acelerado;
  • quando o planeta vai do periélio para o afélio, seu movimento é retardado;



3ª Lei de Kepler- “lei dos períodos”: O quadrado do período orbital de um planeta é diretamente proporcional ao cubo de sua distância média ao Sol.


Equação da 3ª Lei de Kepler




Em termos matemáticos, representando por T o período orbital de um certo planeta e por r sua distância média ao Sol (que equivale ao comprimento do semieixo maior da órbita), a terceira lei de Kepler pode ser expressa pela equação abaixo:


A forma mais conveniente da constante de Kepler é obtida por meio da aplicação da lei ao caso da Terra. Se a distância R for medida em unidades astronômicas (UA), que é uma unidade de medida de distância equivalente à distância média da Terra ao Sol, e o período orbital T for medido em anos, os respectivos valores correspondentes à Terra serão r = 1 UA e T = 1 ano. Aplicada a terceira lei de Kepler, a constante K assume o valor 1 e a relação fica resumida à expressão:

 






Exemplo aplicado:

1) (UFRGS - 2011) Considere o raio médio da órbita de Júpiter em tomo do Sol igual a 5 vezes o raio médio da órbita da Terra. Segundo a 3ª Lei de Kepler, o período de revolução de Júpiter em tomo do Sol é de aproximadamente:
a) 5 anos
b) 11 anos
c) 25 anos
d) 110 anos
e) 125 anos

2)  Certo planeta A, que orbita em torno do Sol, tem período orbital de 1 ano. Se um planeta B, tem raio orbital 3 vezes maior, qual será o tempo necessário para que esse planeta complete uma volta em torno do Sol.
a) 1,5 anos
b) 2,5 anos
c) 8,0 anos
d) 3,5 anos
e) 5,2 anos


3) O raio médio do planeta Marte é cerca de quatro vezes maior que o raio médio da órbita do planeta Mercúrio. Se o período de revolução Mercúrio é 0,25 anos, qual é o período de revolução Marte?


Leis de Kepler e a Gravitação Universal


As Leis de Kepler descrevem o movimento dos planetas, sem se preocupar com as suas causas. Isaac Newton ao estudar essas Leis, identificou que a velocidade dos planetas ao longo da trajetória é variável em valor e direção.
Para explicar essa variação, ele identificou que existiam forças atuando nos planetas e no Sol.
Deduziu que essas forças de atração dependem da massa dos corpos envolvidos e das suas distâncias.
Chamada de Lei de Gravitação Universal, sua expressão matemática é:


Sendo:
F: força gravitacional
G: constante de gravitação universal= G = 6,7 · 10 Nm/kg
M: massa do Sol
m: massa do planeta
d² é o quadrado da distância que os separa.

Exemplo com uma Terra e o Sol da gravitação universal.
Sejam duas massas m1 e m2, em que d é a distância entre seus centros.

  • A força gravitacional é sempre de atração
  • A força gravitacional não depende do meio onde os corpos se encontram imersos.
  • A constante da gravitação universal G teve seu valor comprovado experimentalmente por Henry Cavendish por meio de um instrumento denominado balança de torção. G = 6,7 · 10 Nm/kg

Exemplo resolvido:
4) Considere que os centros de massa de duas pessoas adultas estão separados pela distância de 2,0 m e que suas massas são aproximadamente iguais a 100 kg. A intensidade da força de atração gravitacional entre elas é um valor mais próximo de? Dado: constante da gravitação universal
G = 6,7 · 10 Nm/kg

a) 1,7 x 10–7N.
b) 3,4 x 10–7N.
c) 1,7 x 10–1N.
d) 3,4 x 10–1 N.
e) 1,7 x 10–6N.


Assista aos vídeos abaixo para entender os cálculos e aplicações da leis:



Vídeo sobre a primeira Lei de Kepler


Vídeo sobre a segunda Lei de Kepler


Vídeo sobre a terceira Lei de Kepler


Leis de Kepler aplicadas