Cometas, Asteroides e Meteoros
O que são cometas?
Os cometas são corpos celestes encontrados no Sistema Solar. Cometas são corpos celestes presentes no espaço sideral que são conhecidos pela sua estrutura de cauda. Eles são formados por materiais como rocha e gelo. A principal característica deles é a sua irregularidade em termos de tamanho e superfície.
Um cometa é um pequeno corpo gelado do Sistema Solar que, ao passar perto do Sol, aquece e começa a liberar gases, processo que é chamado de desgaseificação. Isso produz uma atmosfera visível ou coma e, às vezes, também uma cauda.
Cometas possuem três partes principais: o núcleo, a cabeleira e a cauda - e são formados principalmente de rocha, poeira e gelo.
Núcleo: todos os fenômenos que ocorrem no cometa têm origem a partir de seu núcleo. Ele é feito de gelo (um gelo bem sujo) e pode pesar de um quilo a algumas dezenas de toneladas.
Conforme os cometas aproximam-se do Sol, eles desenvolvem caudas enormes de material luminoso que estende-se a milhões de quilômetros da cabeça, para longe do Sol. Quando distante do Sol, o núcleo está muito frio e seu material está sólido, congelado dentro do núcleo.
Coma: camada gasosa formada ao redor do núcleo através do processo de sublimação. Os materiais integrantes do coma são oxigênio, hidrogênio e, principalmente, água. Ao redor do coma existe um envólucro de hidrogênio que se torna cada vez mais extenso à medida que o cometa se aproxima do Sol. Quando um cometa aproxima-se a de algumas UA do Sol, a superfície do núcleo começa a esquentar, e as substâncias voláteis evaporam. As moléculas evaporadas fervem e carregam pequenas partículas sólidas com elas, formando o coma do cometa com gás e pó.
A cauda dos cometas é derivada da ação dos ventos solares sobre as partículas de gás e a poeira integrantes da nebulosa que envolve o núcleo (coma).
Cauda: estrutura alongada formada por gás ou poeira que fica localizada na parte posterior do cometa e com extensão variável que chega a milhões de quilômetros. A cauda de um cometa aponta sempre na direção oposta ao Sol.
Os cometas realizam órbita elíptica em torno do Sol, e a sua duração pode ser de algumas centenas até milhares de anos. Uma parte do trajeto dos cometas é realizada mais próximo dessa estrela, o que provoca a sublimação dos gases presentes em sua estrutura. Aliás, é nesse trecho que os cometas tendem a se tornar visíveis para os observadores na superfície terrestre, o que é resultante do reflexo dos raios solares sobre eles ou da energia absorvida do Sol e posteriormente emanada por esses objetos.
Apesar de a maioria dos cometas manter uma distância relativa do Sol, existem aqueles chamados de cometas rasantes (sungrazers, em inglês), que colidem com a estrela ou chegam tão próximo dela que acabam evaporando por completo.
A velocidade na qual os cometas viajam pode oscilar entre dezenas até centenas de milhares de quilômetros por hora. Alguns dos cometas mais velozes do Sistema Solar, a exemplo do cometa interestelar 2I/Borisov, atingem 175.000 km/h. É interessante pontuar, ainda, que a velocidade dos cometas aumenta com a proximidade do Sol.
O cometa Halley
Halley é o nome de um dos cometas mais famosos já descobertos e também uma homenagem ao astrônomo inglês Edmond Halley, a quem é atribuído o mérito de ter descoberto esse corpo celeste, ainda que não tenha conseguido provar em vida. Esse cometa é considerado periódico e suas aparições já foram registradas, aproximadamente, 30 vezes.
Uma curiosidade acerca de Halley é que o sentido da rotação que ele faz em volta do Sol é contrário aos do planeta. E, uma vez que ele não possui uma velocidade constante para fazer esse trajeto (ela varia entre 70,6 km/s e 63,3 km/s), o tempo que ele leva para realizar esse movimento também muda, ficando entre 74 e 79 anos. Esse fenômeno acontece porque Halley sofre influência dos campos gravitacionais dos planetas Júpiter e Saturno, que diminuem sua velocidade.
Estima-se que, a cada vez que o cometa Halley completa o seu ciclo orbital ele perde 0,1% de sua massa em função da volatilização. Desse modo, a expectativa é que ele desapareça completamente no período de até 300 mil anos. Acredita-se que a primeira aparição desse cometa tenha sido registrada em 240 a.C e a próxima aparição é estimada para o dia 28 de julho de 2061. Mas por conta da poluição atmosférica, pode não ser possível vê-lo a olhos nus.
O que são Asteroides?
Asteroides são corpos celestes rochosos que realizam órbita em torno do Sol. Formados a partir de materiais que remontam ao princípio do Sistema Solar, os asteroides estão localizados, em sua maioria, entre as órbitas de Marte e Júpiter. Apresentam formato irregular e tamanho inferior ao de um planeta-anão, sendo compostos por silicatos, níquel e ferro. Os asteroides foram descobertos a partir do século XIX, e atualmente já se sabe da existência de cerca de 1,3 milhão desses corpos celestes no Sistema Solar.
Características dos asteroides
Os asteroides são corpos celestes que não possuem uma forma definida, tendo em vista que eles são fragmentos de outros objetos que existiram há muito tempo no Sistema Solar. Boa parte deles tem formato esférico ou oval, contendo uma superfície bastante acidentada e irregular em que se observa a formação de buracos.
Asteroide 7482 (1994 PC1) passou próximo da Terra em 2022 a uma velocidade de 76.192 km/h.
O tamanho dos asteroides também é variável. No entanto, para que um objeto seja classificado como asteroide ele deve ser menor do que um planeta-anão. Embora a maioria dos asteroides seja de pequena dimensão, eles podem ter desde 10 metros até quase 600 quilômetros de diâmetro. Nesse sentido, o que difere os asteroides dos cometas é a sua estrutura e o fato de os asteroides serem corpos inativos e formados por rocha, enquanto os cometas são classificados como corpos ativos e são compostos por gelo.
Por se tratarem de pedaços de rocha, os asteroides são compostos, em sua maioria, por silicato, ferro e níquel. Os objetos mais antigos apresentam estrutura formada por argilas e silicatos, razão pela qual, segundo a Nasa, eles têm coloração mais escura do que os demais asteroides.
Alguns asteroides contêm um satélite natural próprio realizando órbita ao seu redor, enquanto o corpo celeste maior realiza uma órbita elíptica em torno do Sol.
O maior asteroide na imagem anterior, 4 Vesta (esquerda) com 560km de diâmetro, com Ceres (centro) 946km de diâmetro e a Lua (direita) 3475 km de diâmetro, mostrados em escala.
O que são Meteoros?
Meteoro é um fenômeno de luz causado pelo atrito entre um corpo que entra em alta velocidade na atmosfera e os gases presentes na mesosfera.
Meteoro é um fenômeno luminoso resultante da entrada de fragmentos de um corpo celeste na atmosfera. O atrito desse material sólido em alta velocidade com os gases da atmosfera faz com que ele se torne incandescente e deixe um rastro luminoso nos céus. Por essa razão, recebe também o nome de estrela cadente.
A maioria dos meteoros se desintegra antes de chegar à superfície da Terra. Aqueles que conseguem chegar ao solo são chamados de meteoritos.
Chuva de meteoros
Chuva de meteoros é um evento em que um grupo de meteoros é observado irradiando de um único ponto no céu. Esses meteoros são causados pela entrada de detritos na atmosfera a velocidades muito altas.
Na madrugada entre este domingo (21/04) e a segunda-feira (22/04) acontece o pico de atividade da chuva de meteoros Líridas.
No evento astronômico será possível enxergar até 18 meteoros por hora.
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