quinta-feira, 15 de maio de 2025

PODEMOS VOLTAR NO TEMPO???

Duas ilhas vizinhas e uma viagem louca no tempo...

Vamos ver de cima o Planeta Terra na parte superior do globo terrestre, mais precisamente o Estreito de Bering no Mar de Bering que separa dois continentes, o Americano do Asiático

Gif do movimento Terrestre no próprio eixo, visto de fora do planeta, demostrando os continentes.


Terra e seu dois polos: Norte e Sul
Polos Terrestres: Norte e Sul


Temos dois polos terrestres o Polo Sul onde está localizada a Antártida e o Polo Norte onde estão dois continentes muito póximos o norte da Asia e Europa e o norte da América do Norte (Canadá e Alaska). O encontro desses dois Continentes no mar congelado durante o inverno é real, vamos entender melhor como isso acontece.

Polo Norte Terrestre.


Estreito de Bering

Estreito de Bering, no Alasca no continente.

Estamos entre o continente americano e o continente asiático precisamente na fronteira entre o mar de Bering e o mar de Ciukci (o estreito de Bering): os que você vê são a Ilha do Amanhã (Rússia) e a Ilha Ontem (EUA). Eles estão apenas a 3,7 km de distância, mas há uma diferença de fuso horário de 21 horas entre eles. Conhecidas como Ilhas Diomedes, estão localizadas em dois lados da Linha Internacional de Data: isto faz com que a maior ilha (Amanhã) seja quase um dia à frente da menor (Ontem). Durante 21 horas por dia as duas ilhas estão praticamente em dois dias diferentes.

Crédito: imagem de cima, Dave Cohoe; imagem de baixo, NASA (terra visível)


Menos de 4km de mar separam os dois continentes, sendo possível avistar o "futuro" e o "passado" em algumas horas, na mesma imagem.


Durante o inverno e a temperatura extremamente baixa e o acúmulo de neve o mar congela e é possível a travessia caminhando por sobre o gelo. 
Mas o mais interessante é que se sair da ilha menor para a maior estará pulando 21 horas à frente.
Agora se sair da ilha maior para a menor, o conceito de "Voltar no Tempo" se concretizará, pois estará voltando no tempo 21 horas, ou seja, é possível comemorar duas vezes, por exemplo, o seu aniversário, a virada do ano, os feriados internacionais, etc. Devido a convensão universal da escala de tempo e os fusos horários definidos pelos meridianos.

Linhas Imaginárias

O globo terrestre é dividido em linhas imaginárias chamadas paralelos e meridianos para facilitar a localização e o horário. Os paralelos são linhas horizontais que medem latitude, e os meridianos são linhas verticais que medem longitude. Essa combinação forma o sistema de coordenadas geográficas, que é essencial para encontrar qualquer ponto na Terra. Os meridianos também são usados para definir os fusos horários.



Meridianos

Um meridiano é uma linha imaginária traçada verticalmente sobre a superfície da Terra, que se estende do Polo Norte ao Polo Sul. Ele é uma semi-circunferência que forma parte do sistema de coordenadas geográficas e é utilizado para determinar a longitude de um local. 




Linhas imaginárias:
Os meridianos são linhas imaginárias, não físicas, que os cartógrafos usam para dividir a Terra e facilitar a localização. 
Norte-Sul:
Eles vão do Polo Norte ao Polo Sul, formando semicírculos que se encontram nesses polos. 
Coordenadas geográficas:
Juntamente com os paralelos (linhas horizontais que circundam a Terra), os meridianos compõem o sistema de coordenadas geográficas, que utiliza a latitude e a longitude para identificar qualquer ponto no globo. 
Longitude:
A longitude é a distância de um ponto em relação ao meridiano de referência, que é o Meridiano de Greenwich (no Reino Unido). 
Fusos horários:
Os meridianos também são a base para o sistema de fusos horários, que divide a Terra em zonas de 15 graus de longitude, onde a hora é a mesma. 

Paralelos

Os paralelos terrestres são linhas imaginárias que circundam o planeta no sentido leste-oeste, paralelas ao Equador, e são usadas para medir a latitude. A Linha do Equador é o principal paralelo e divide a Terra em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. Os paralelos são círculos que diminuem de tamanho à medida que se aproximam dos polos. 



Paralelos:
São linhas circulares que se estendem de leste a oeste, paralelas ao Equador. 
Latitude:
A medida de um paralelo é chamada de latitude, variando de 0º na Linha do Equador a 90º nos polos (Norte e Sul). 
Importância:
Os paralelos, juntamente com os meridianos, formam o sistema de coordenadas geográficas, que permite a localização precisa de qualquer ponto na Terra. 
Linha do Equador:
O paralelo mais importante é a Linha do Equador, que divide o planeta em Hemisférios Norte e Sul. 
Outros paralelos importantes:
Além da Linha do Equador, existem outros paralelos notáveis, como o Trópico de Câncer (23,5ºN), o Trópico de Capricórnio (23,5ºS), o Círculo Polar Ártico (66,5ºN) e o Círculo Polar Antártico (66,5ºS). 
Funções:
As latitudes são usadas para determinar as zonas climáticas da Terra, e os paralelos ajudam a definir a localização geográfica.


Fuso Horário

Os fusos horários foram criados com o objetivo de padronizar a contagem das horas no mundo, facilitando as comunicações, o comércio e as viagens. A ideia surgiu com a necessidade de uniformizar a hora em locais distantes, onde antes cada cidade definia seu próprio horário. A divisão do globo em 24 faixas horárias, cada uma com 15 graus de longitude, foi estabelecida para que, ao viajar de leste para oeste (ou vice-versa), o relógio fosse ajustado de acordo com a diferença de horário. 

Como a Terra realiza o seu movimento de rotação de oeste para leste (sentido anti-horário), os doze fusos horários situados no hemisfério Oriental apresentam as suas horas adiantadas em relação às do fuso inicial, e os doze fusos horários situados no hemisfério Ocidental apresentam as suas horas atrasadas em relação à hora do fuso inicial. 

Por convenção internacional, existem 24 fusos horários na superfície do nosso planeta. Cada um mede 15°, e dentro deles, a hora não se altera. A hora em cada um dos fusos é definida tomando-se como referência a Greenwich Mean Time (GMT) ou Tempo Médio de Greenwich, a hora vigente no fuso inicial.



Os fusos horários estão centrados nos meridianos das longitudes que são múltiplos de 15°; as zonas horárias seguem os fusos horários de forma aproximada. Os fusos horários estão definidos geograficamente, enquanto as zonas horárias são definidas politicamente. Estas são bastante irregulares devido às fronteiras nacionais dos vários países (ou fronteiras administrativas internas nos países que contém mais do que uma zona horária) ou devido a questões políticas (caso da China, que poderia abranger 4 zonas horárias, mas todo o país utiliza o horário de Pequim, sofrendo distorções no oeste chinês, no verão o Sol nasce por volta das nove horas da manhã).

Todos os fusos horários e zonas horárias são definidos em relação ao Tempo Universal Coordenado (UTC). O fuso horário que contém Londres estabelece a referência (UTC ou UTC+0) por ser nele que se localiza o meridiano de Greenwich, ou meridiano 0º, que é o meridiano central do fuso horário. Na primavera e no verão a zona horária de Londres tem vindo a passar para o chamado horário de verão, passando a seguir o horário do fuso UTC+1. Das zonas horárias centradas no mesmo fuso que Londres, algumas adotam o chamado horário de verão (Dublin e Lisboa, por exemplo) enquanto outras não o fazem (Reiquiavique, Dakar e Bissau, por exemplo). Como as zonas horárias são definidas politicamente por cada país, em muitas delas o horário legal está desfasado do horário do seu fuso horário de referência.

LID

A Linha Internacional de Data (LID) ou Linha Internacional de Mudança de Data, é uma linha imaginária na superfície terrestre que implica uma mudança de data obrigatória ao cruzá-la. O viajante que ultrapassar a LID, que é o antimeridiano de Greenwich, de oeste para leste, precisa alterar a data do seu relógio para o dia anterior (subtrai-se um dia). Assim como o viajante que ultrapassar a LID de leste para oeste, portanto no sentido contrário ao movimento de rotação da Terra, precisa alterar a data para o dia seguinte (soma-se um dia).

No Brasil atualmente usamos 4 fusos horários. Por convenção, é definido assim. Mas todo o território é cortado por 4 linhas, portanto, deveríamos usar 5 fusos, isso depende de vários fatores territoriais e principalmente político. Mas tudo fica em função do horário oficial de Brasília DF, que é a capital do Brasil.


Devido à grande extensão longitudinal (leste-oeste), o Brasil apresenta mais de 1 fuso horário em seu território. Esses fusos estão atrasados em relação às áreas que estão a leste, inclusive o Meridiano de Greenwich.

Assim, se forem consideradas as ilhas oceânicas brasileiras, chega-se à conclusão de que o Brasil possui quatro fusos horários, todos atrasados em relação a Greenwich, já que o País está situado totalmente no hemisfério ocidental.

O fuso horário brasileiro ou fuso -3 GMT é considerado o mais importante, sendo denominado “hora oficial do país” ou “hora de Brasília”, que engloba a maior parte dos estados brasileiros. 

Esse cenário foi adotado e regulamentado desde o ano de 2013 em todo o país.

Agora retomando o assunto do título do artigo do Blog, podemos voltar no tempo? 

Teoricamente e físicamente não podemos voltar no tempo, isso implicaria em diversas barreiras, inclusive a barreira da velocidade da Luz, então voltar no tempo como dimensão ainda não podemos.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Lei da Gravitação Universal

 Lei da Gravitação Universal



A gravitação universal é a força de atração que ocorre entre todos os corpos com massa no universo. Formulada por Isaac Newton, essa lei estabelece que a força gravitacional entre dois objetos é proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles.



onde:
= força
=constante gravitacional 
=massa do objeto 1
=massa do objeto 2
=distância entre os centros das massas



Essa força é responsável por diversos fenômenos, como a órbita dos planetas ao redor do Sol, a queda de objetos na Terra e a maré causada pela Lua. A gravitação universal é fundamental para a compreensão da dinâmica do cosmos e das interações entre corpos celestes.



A força gravitacional é sempre atrativa e direcionada do centro de massa de um corpo para o centro de massa do outro.

Além disso, a força gravitacional é diretamente proporcional à massa dos corpos, o que significa que corpos mais massivos exercem uma força gravitacional mais forte uns sobre os outros.

Por outro lado, a força gravitacional é inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os corpos, o que significa que corpos mais próximos exercem uma força gravitacional mais forte uns sobre os outros.

Usando essa fórmula, é possível calcular a força gravitacional entre dois corpos em qualquer lugar do universo, desde que se conheçam as suas massas e a distância entre eles.

Essa lei é muito útil para entender a dinâmica celestial, como o movimento dos planetas ao redor do Sol, e tem muitas aplicações práticas, incluindo a navegação por GPS e a previsão do tempo.

Maré é uma mudança cíclica que ocorre com o nível do mar. É causada pela força gravitacional que a Lua e o Sol exercem na Terra. Mesmo o Sol tendo uma massa maior, sua influência é bem menor que a da Lua, devido às distâncias em que se localizam.


Na imagem acima podemos ver 3 casos:

Caso A: a Terra sem influência da Lua ou do Sol;
Caso B: a Terra sob influência da força gravitacional da Lua;
Caso C: a Terra sob influência da força gravitacional da Lua e do Sol.


Resumo sobre a Lei da Gravitação Universal:

Todos os corpos do universo atraem-se mutuamente com uma força proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado de sua distância;

A Lei da Gravitação Universal é definida em termos da Constante de Gravitação Universal, cujo módulo é igual a  6,67408x10-11 N.m2/kg2. Aproximadamente  6,67x10-11 N.m2/kg2

A Lei da Gravitação Universal foi descoberta e desenvolvida pelo físico inglês Isaac Newton e foi capaz de prever os raios das órbitas de diversos astros, bem como explicar teoricamente a lei empírica descoberta por Johannes Kepler que relaciona o período orbital ao raio da órbita de dois corpos que se atraem gravitacionalmente.

Gravidade

A partir dessa força podemos encontrar uma expressão para encontrar a gravidade de qualquer planeta ou corpo celeste.

Essa equação podemos usar para encontrar a gravidade em qualquer corpo celeste no sistema solar ou no universo.


A equação para a gravidade acima mostra que a gravidade de um planeta, estrela ou qualquer que seja o corpo depende de sua massa (M), da constante de gravitação universal (G) e do inverso do quadrado da distância em que nos encontramos até o centro desse corpo (d), que, no caso de corpos esféricos, é o seu próprio raio.

A Terra, por exemplo, possui massa de 5,972x1024kg e raio médio de 6371km (6,371x106m), logo, podemos calcular o valor médio da gravidade na sua superfície:

Usamos a gravidade aproximadamente g=10m/s2, para facilitar cálculos matemáticos.




Velocidade de escape 

Existe uma velocidade mínima que um objeto precisa atingir em órbita para escapar da gravidade da Terra.

Essa regra não é válida para foguetes, por exemplo, já que a medida em que a altitude aumenta, a velocidade mínima necessária para escapar diminui. E foguetes usam combustíveis e propulsores que os levam a escapar com mais facilidade.

A velocidade de escape é dado pela seguinte fórmula:


onde:

v= é a velocidade de escape;

G= é a constante gravitacional universal

M= é a massa do planeta;

r= é o raio do planeta.

Exemplo aplicado na Terra:
= 6,67x10-11 N.m2/kg2
M = 5,98x1024 kg
R = 6,38x10m

Velocidade nos outros Corpos Celestes (Astros):



Constante de gravitação universal

É uma constante de proporcionalidade de módulo igual a 6,67408x10-11 N.m2/kg2, presente na Lei da Gravitação Universal e usada para igualar a razão do produto da massa de dois corpos pelo quadrado de sua distância com o módulo da força de atração entre eles. A constante de gravitação universal é dada, em unidades do Sistema Internacional de Unidades, em N.m²/kg².

A constante da gravitação universal foi determinada entre 1797 e 1798 pelo experimento da balança de torção, realizado pelo físico e químico britânico Henry Cavendish. O experimento tinha como objetivo inicial a determinação da densidade da Terra, mas na época também pôde determinar a constante da gravitação universal com menos de 1% de erro em relação ao valor conhecido atualmente.

Vídeo sobre força gravitacional e a gravidade:


Vídeo sobre a velocidade de escape:



segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Leis de Newton

ISAAC NEWTON 

Sir Isaac Newton PRS foi um matemático, físico, astrônomo, teólogo e autor inglês amplamente reconhecido como um dos cientistas mais influentes de todos os tempos. Isaac Newton é considerado um dos gênios da Física, cujas teorias contribuíram para o conhecimento da mecânica, óptica e gravidade.

Biografia de Isaac Newton: Biografia de Isaac Newton

04/01/1643 a 31/03/1727

Sua obra, Princípios Matemáticos da Filosofia Natural (Philosophiae Naturalis Principia Mathematica) é considerada uma das mais influentes na história da ciência. 

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Newton-Principia-Mathematica_1-500x700.jpg

Publicada em 1687, esta obra descreve a Lei da Gravitação Universal e as Três Leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.

LEIS DE NEWTON

As três Leis de Newton são fundamentais para o estudo da Física. A partir delas, foi possível criar relações que são utilizadas para resolver os problemas relacionados ao repouso e movimento.

1ª LEI DE NEWTON

A primeira lei de Newton é o princípio da inércia, que diz que um corpo está em repouso de duas maneiras: se o somatório das forças aplicado sobre ele é igual a zero. Caso seja aplicada alguma força sobre esse corpo, ele tende a sair do repouso. 
FR = 0

Exemplo: Ao puxar bruscamente a toalha que cobre uma mesa, os objetos que estão em cima, por inércia, ficam no mesmo lugar. O uso do cinto de segurança baseia-se no princípio da inércia. Os passageiros de um veículo, ao colidir com um outro veículo ou numa freada mais brusca, têm a tendência de continuar em movimento.


2ª LEI DE NEWTON

A segunda lei de Newton é o princípio fundamental da dinânica, que diz que a força aplicada sobre um corpo pode ser calculada através da multiplicação da massa desse corpo e a aceleração exercida sobre ele. 

FR = m.a

Exemplo: Em uma corrida, os carros se ultrapassam uns aos outros, devido à relação entre força, massa e aceleração, a aceleração faz com que aumente a velocidade.
Segunda Lei de Newton - Brasil Escola

Unidades SI:
m=[kg]=[quilograma]
a=[m/s²]

e-física - Mecânica Básico
A união faz a força. Ou seja, o somatório das forças, quanto mais pessoas, maior é a força exercida para ajudar a empurrar o carro.


3ª LEI DE NEWTON

A terceira lei de Newton é o princípio da ação e reação, onde temos que, para toda força exercida sobre um corpo, existe uma força de igual intensidade e direção, com sentido diferente, aplicada pelo corpo. 

F = - F

Exemplo: Quando dois carros batem, ambos amassam devido ao princípio da ação e reação. Um dos carros pode ser mais prejudicado porque é feito de um material mais frágil do que o outro, mas as forças de ação e reação são iguais.
Blog Professor Ferretto


ATENÇÃO: As forças são exercidas sempre aos pares, não existe ação sem reação. 

PenduloNewton.gif

Unidade de força no SI: F=[N]=[Newton]

Exemplos resolvidos:
1) Porque o cavaleiro é jogado para frente quando o cavalo para bruscamente na frente de um obstáculo?


O cavaleiro é jogado para frente por causa da inércia. Ele tende a continuar com a mesma velocidade que possuía enquanto se mantinha em cima do cavalo.


2) Um corpo de massa de 4kg tem velocidade de 12m/s, em uma superfície lisa e horizontal. A partir de certo instante, atua uma força constante de 2N, em sentido contrário.
a) Encontre a aceleração desse corpo;
F= 2N sentido contrário -2N
m=4kg
a=?

b) Quanto tempo ele leva para percorrer a superfície?
V final=0, pois está desacelerando.
Vo inicial= 12m/s
a= -5m/s²
t=?

3) Um patinador está parado a frente de uma parede, em seguida ele a empurra, o que acontece? Explique:

O patinador empurra a parede e anda para trás. Pois pela ação e reação, quando o patinador empurra a parede (ação), a parede o empurra de volta (reação) com a mesma força, ou seja, intensidade e direção, mas com sentido contrário.



Uso do cinto de segurança é obrigatório.

No trânsito, convivemos com as leis de Newton de forma tão natural que nem nos damos conta. 
A 1° Lei de Newton é a Lei da Inércia, descreve um corpo em repouso ou em velocidade constante. Nos deslocamentos diários, isso acontece quando você está parado ou dentro de um veículo em movimento.

Quando o veículo freia ou faz uma curva, uma força é aplicada sobre o seu corpo e faz com que você se movimente. Ao fazer esse movimento, você já estará sob a influência da 2° Lei de Newton, que diz que o corpo se movimentará de forma proporcional e na mesma direção da força aplicada. 

Já a 3° Lei de Newton diz que, para toda ação há uma reação de mesma intensidade e direção, em sentido contrário. Para que surja uma força, é necessário que dois corpos interajam, produzindo ação e reação. E é isso o que acontece quando um veículo freia ou acelera. A força que atua entre as rodas do veículo e o terreno promovem a ação e reação necessárias para o veículo frear ou acelerar.

Conhecer os fundamentos das Leis de Newton é importante para entender porque é importante manter distância do veículo da frente, desacelerar ao fazer uma curva, não frear bruscamente e respeitar os limites de velocidade. São regras que ajudam a reduzir a força aplicada ao seu corpo em caso de um imprevisto ou acidente, evitando assim que algo mais grave aconteça com você ou com outro ocupante do veículo.

O cinto mantém o passageiro seguro na poltrona. Em caso de parada brusca, colisão, desvio repentino, ou em ocorrências mais graves, o fato de estar com o cinto afivelado pode fazer a diferença entre sair ileso, sofrer ferimento de menor ou de maior gravidade ou perder a vida.

Exemplo: O uso do cinto de segurança baseia-se no princípio da inércia. Os passageiros de um veículo, ao colidir com outro veículo ou numa freada mais brusca, têm a tendência de continuar em movimento. Desta forma, sem o cinto, os passageiros podem ser arremessados para fora do veículo ou bater em alguma de suas partes.


Letra D.







Resumo sobre as leis de Newton
  • De acordo com a primeira lei de Newton, um corpo ficará em repouso se não foi feita uma força sobre ele, e o movimento de um corpo é interrompido se houver a ação de uma força sobre ele.
  • De acordo com a segunda lei de Newton, ao ser feita uma força sobre um corpo, ele adquire aceleração, e se o total de forças resultantes sobre um corpo é zero, ele está em repouso.
  • De acordo com a terceira lei de Newton, ao ser feita uma força de ação sobre um corpo, ele responde com uma força de reação.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Cometas, Asteroides e Meteoros

Cometas, Asteroides e Meteoros

O que são cometas?

Os cometas são corpos celestes encontrados no Sistema Solar. Cometas são corpos celestes presentes no espaço sideral que são conhecidos pela sua estrutura de cauda. Eles são formados por materiais como rocha e gelo. A principal característica deles é a sua irregularidade em termos de tamanho e superfície.


O 12P/Pons-Brooks ( Cometa do Diabo), em imagem feita em 7 de março de 2024.


Um cometa é um pequeno corpo gelado do Sistema Solar que, ao passar perto do Sol, aquece e começa a liberar gases, processo que é chamado de desgaseificação. Isso produz uma atmosfera visível ou coma e, às vezes, também uma cauda.

Cometas possuem três partes principais: o núcleo, a cabeleira e a cauda - e são formados principalmente de rocha, poeira e gelo. 





Núcleo: todos os fenômenos que ocorrem no cometa têm origem a partir de seu núcleo. Ele é feito de gelo (um gelo bem sujo) e pode pesar de um quilo a algumas dezenas de toneladas.
Conforme os cometas aproximam-se do Sol, eles desenvolvem caudas enormes de material luminoso que estende-se a milhões de quilômetros da cabeça, para longe do Sol. Quando distante do Sol, o núcleo está muito frio e seu material está sólido, congelado dentro do núcleo.

Coma: camada gasosa formada ao redor do núcleo através do processo de sublimação. Os materiais integrantes do coma são oxigênio, hidrogênio e, principalmente, água. Ao redor do coma existe um envólucro de hidrogênio que se torna cada vez mais extenso à medida que o cometa se aproxima do Sol. Quando um cometa aproxima-se a de algumas UA do Sol, a superfície do núcleo começa a esquentar, e as substâncias voláteis evaporam. As moléculas evaporadas fervem e carregam pequenas partículas sólidas com elas, formando o coma do cometa com gás e pó.

A cauda dos cometas é derivada da ação dos ventos solares sobre as partículas de gás e a poeira integrantes da nebulosa que envolve o núcleo (coma).

Cauda: estrutura alongada formada por gás ou poeira que fica localizada na parte posterior do cometa e com extensão variável que chega a milhões de quilômetros. A cauda de um cometa aponta sempre na direção oposta ao Sol.

Os cometas realizam órbita elíptica em torno do Sol, e a sua duração pode ser de algumas centenas até milhares de anos. Uma parte do trajeto dos cometas é realizada mais próximo dessa estrela, o que provoca a sublimação dos gases presentes em sua estrutura. Aliás, é nesse trecho que os cometas tendem a se tornar visíveis para os observadores na superfície terrestre, o que é resultante do reflexo dos raios solares sobre eles ou da energia absorvida do Sol e posteriormente emanada por esses objetos.

Apesar de a maioria dos cometas manter uma distância relativa do Sol, existem aqueles chamados de cometas rasantes (sungrazers, em inglês), que colidem com a estrela ou chegam tão próximo dela que acabam evaporando por completo.

A velocidade na qual os cometas viajam pode oscilar entre dezenas até centenas de milhares de quilômetros por hora. Alguns dos cometas mais velozes do Sistema Solar, a exemplo do cometa interestelar 2I/Borisov, atingem 175.000 km/h. É interessante pontuar, ainda, que a velocidade dos cometas aumenta com a proximidade do Sol.

O cometa Halley

Halley é o nome de um dos cometas mais famosos já descobertos e também uma homenagem ao astrônomo inglês Edmond Halley, a quem é atribuído o mérito de ter descoberto esse corpo celeste, ainda que não tenha conseguido provar em vida. Esse cometa é considerado periódico e suas aparições já foram registradas, aproximadamente, 30 vezes.



Uma curiosidade acerca de Halley é que o sentido da rotação que ele faz em volta do Sol é contrário aos do planeta. E, uma vez que ele não possui uma velocidade constante para fazer esse trajeto (ela varia entre 70,6 km/s e 63,3 km/s), o tempo que ele leva para realizar esse movimento também muda, ficando entre 74 e 79 anos. Esse fenômeno acontece porque Halley sofre influência dos campos gravitacionais dos planetas Júpiter e Saturno, que diminuem sua velocidade.


Estima-se que, a cada vez que o cometa Halley completa o seu ciclo orbital ele perde 0,1% de sua massa em função da volatilização. Desse modo, a expectativa é que ele desapareça completamente no período de até 300 mil anos. Acredita-se que a primeira aparição desse cometa tenha sido registrada em 240 a.C e a próxima aparição é estimada para o dia 28 de julho de 2061. Mas por conta da poluição atmosférica, pode não ser possível vê-lo a olhos nus.



O que são Asteroides?

Asteroides são corpos celestes rochosos que realizam órbita em torno do Sol. Formados a partir de materiais que remontam ao princípio do Sistema Solar, os asteroides estão localizados, em sua maioria, entre as órbitas de Marte e Júpiter. Apresentam formato irregular e tamanho inferior ao de um planeta-anão, sendo compostos por silicatos, níquel e ferro. Os asteroides foram descobertos a partir do século XIX, e atualmente já se sabe da existência de cerca de 1,3 milhão desses corpos celestes no Sistema Solar.

Características dos asteroides

Os asteroides são corpos celestes que não possuem uma forma definida, tendo em vista que eles são fragmentos de outros objetos que existiram há muito tempo no Sistema Solar. Boa parte deles tem formato esférico ou oval, contendo uma superfície bastante acidentada e irregular em que se observa a formação de buracos.

Asteroide 7482 (1994 PC1) passou próximo da Terra em 2022 a uma velocidade de 76.192 km/h.

O tamanho dos asteroides também é variável. No entanto, para que um objeto seja classificado como asteroide ele deve ser menor do que um planeta-anão. Embora a maioria dos asteroides seja de pequena dimensão, eles podem ter desde 10 metros até quase 600 quilômetros de diâmetro. Nesse sentido, o que difere os asteroides dos cometas é a sua estrutura e o fato de os asteroides serem corpos inativos e formados por rocha, enquanto os cometas são classificados como corpos ativos e são compostos por gelo.


Por se tratarem de pedaços de rocha, os asteroides são compostos, em sua maioria, por silicato, ferro e níquel. Os objetos mais antigos apresentam estrutura formada por argilas e silicatos, razão pela qual, segundo a Nasa, eles têm coloração mais escura do que os demais asteroides.

Alguns asteroides contêm um satélite natural próprio realizando órbita ao seu redor, enquanto o corpo celeste maior realiza uma órbita elíptica em torno do Sol.
O maior asteroide na imagem anterior, 4 Vesta (esquerda) com 560km de diâmetro, com Ceres (centro) 946km de diâmetro e a Lua (direita) 3475 km de diâmetro,  mostrados em escala.


O que são Meteoros?

Meteoro é um fenômeno de luz causado pelo atrito entre um corpo que entra em alta velocidade na atmosfera e os gases presentes na mesosfera.


Meteoro é um fenômeno luminoso resultante da entrada de fragmentos de um corpo celeste na atmosfera. O atrito desse material sólido em alta velocidade com os gases da atmosfera faz com que ele se torne incandescente e deixe um rastro luminoso nos céus. Por essa razão, recebe também o nome de estrela cadente. 


A maioria dos meteoros se desintegra antes de chegar à superfície da Terra. Aqueles que conseguem chegar ao solo são chamados de meteoritos.


Chuva de meteoros

Chuva de meteoros é um evento em que um grupo de meteoros é observado irradiando de um único ponto no céu. Esses meteoros são causados pela entrada de detritos na atmosfera a velocidades muito altas.



Na madrugada entre este domingo (21/04) e a segunda-feira (22/04) acontece o pico de atividade da chuva de meteoros Líridas. 


No evento astronômico será possível enxergar até 18 meteoros por hora.

Fique atento ao céu...